"Castiçais quebrados...Ventos amordaçados.
No silêncio do caos, sussurra os segredos de Pandora.
Verte seu veneno, impiedosa e furiosa.
Fere sem querer
e lava com lágrimas suas vestes manchadas de sangue.
Não vê seu crime, nem mesmo percebe o prejuízo causado...
Inocente... Facínora ingênua.
Colhe suas negras flores com a insensatez que lhe foi imposta.
Cruza oceanos... Continentes...
... Consciências em busca de sua utópica morada sem trevas.
Castelã num prédio em ruínas,reina sem trono, nem plebeus a lhe servir...
Já os devorou, em sua fome insana.
Com suas velas apagadas, caminha sob a luz da Lua,
Rende-se aos desvarios que lhe sufocam.
E seus castiçais quebrados, a lhe fazer companhia.
Não dorme para não sonhar.
Consorte de todo mal, alucina quem a chama ,
pobres ignorantes em sua carência, não a percebem devorando suas almas.
Negras e fétidas almas, corroídas pelos pecados.
Exonera-se de seus desejos, despejos sem valor.
Nem Deusa, nem Demônio, simplesmente humana.
Mas igualmente desumana em sua concepção, regente em seu jogo sem limites.
Cobre com seu manto o imundo faz de conta onde se faz invisível.
Veda as arestas como soro de suas veias.
E faz calar o vento inquieto para que ele não mais a perturbe